terça-feira, 21 de outubro de 2014

Pessoal!!!
Mais um absurdo no mundo do vinho... uma nova fraude envolvendo a falsificação de vinhos atinge a denominação italiana Brunello di Montalcino.

Muito triste isso que está acontecendo... já foram vários casos esse ano... a recomendação que eu dou é: comprar em locais confiáveis, conhecer o produto e ter uma base do preço. Confira o texto adaptado da Revista Adega:

Escândalo envolvendo a falsificação de Brunello di Montalcino



Pessoal, como se não bastasse, é o terceiro escândalo a atingir a Brunello. Os acontecimentos podem acarretar em danos à denominação Brunello di Montalcino.

Para quem não sabe... O Brunello di Montalcino é um vinho tinto classificado como DOCG (Denominação de origem controlada e garantida) produzido na região da Toscana, território de Montalcino, província de Siena, Itália. 

O Brunello di Montalcino pode ser considerado, junto com os Barolos, o vinho tinto italiano dotado de maior longevidade além de ser o primeiro vinho italiano a receber a certificação DOCG.

Volando aos casos... Em 2008, várias vinícolas foram acusadas de misturar outras uvas juntamente com Sangiovese em seus vinhos. Fato que não é permitido na denominação de Brunello di Montalcino. 

Agora em 2014, em maio, a polícia italiana apreendeu mais de 30 mil garrafas de vinho de baixa qualidade que formam rotuladas pelas engarrafadoras como Brunello di Montalcino e Chianti. Esse caso ainda está em aberto... sendo que as autoridades investigam as seis empresas que tentaram exportar os vinhos falsificados.


E o terceiro caso... a polícia investiga um consultor de vinhos que não era um enólogo, mas prestava serviços administrativos e de negócios para inúmeros pequenos produtores. Ele possuía um esquema de falsificação que tenta vender vinhos inferiores como sendo Brunello di Montalcino. 

A Guardia di Finanza, autoridade italiana que é responsável pela investigação de crimes financeiros, disse que foram aprendidos cerca de 180 mil litros de vinho das safras 2008 até 2013, cujo valor estimado é de US$ 3,87 milhões. 

A investigação teve início no começo deste ano após Valoritalia, a agência que controla a denominação Brunello di Montalcino em cooperação com o Consorzio del Vino Brunello di Montalcino, constatar irregularidades na produção, levando o caso às autoridades.


Parte do vinho apreendido ainda estava em tanques e barris. Cerca da metade do vinho foi nomeada como Brunello e o resto como Rosso di Montalcino. 

Segundo o presidente Fabrizio Bindocci do Consorzio del Vino Brunello di Montalcino: “Dentro dos barris e tanques havia Sangiovese de Montalcino, mas não Brunello". 


Segundo os investigadores, o consultor dever ter falsificado os documentos e ajustado os valores da produção para que os volumes de vinho correspondessem as últimas seis safras.

A investigação continua no Ministério Público de Siena. Nenhuma das vinícolas envolvidas foi identificada. O que nos resta saber é: se as vinícolas foram enganadas pelo consultor ou são coniventes com ele...