sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Pessoal!!!
É com muita Alegria que convido José Filho AnjosGerente Comercial da Enoteca Decanter,  para a minha coluna semanal de PARTICIPAÇÃO ESPECIAL, onde toda semana alguém de outro blog, revista, site e etc... vai estar mostrando aos leitores, um pouco do seu trabalho. Desde já agradeço a participação dele. 

Confira o post... e na semana que vem (agora toda sextas-feiras), nos encontraremos em mais uma PARTICIPAÇÃO ESPECIAL. Obrigado!

A matéria foi publicada na Revista Vinum Brasilis (do evento Vinum Brasilis), cujo diretor é o Petrus Elesbão. A revista está na sua segunda edição e foi distribuída na quarta edição do evento.

Participação Especial - José Filho Anjos - Champagne, Prosecco, Cava ou Espumante?


O Champagne:



È uma AOC (Denominação de Origem Controlada). A região produtora de champanhe foi delimitada em 1927 e ocupa uma área de 32 mil hectares.O processo de fabricação é demorado e caro, sendo praticamente o mesmo de séculos atrás. Um champanhe comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto e os especiais até cinco anos. São elaborados, sempre, pelo o Método Champenoise. Quanto às uvas utilizadas, são três: a Chardonnay, a Pinot Noir e a Pinot Meunier. Estas últimas são uvas tintas, mas os vinhos utilizados, elaborados sem a casca, são brancos. 

A maioria dos Champagnes não são safrados, apenas nas vindimas excepcionais são produzidos os Millésimes, que declaram a safra. Quando as Pinot também provêm de uma vindima de grande qualidade são produzidos os Millésimes Rose, que são os mais caros. O último grande ano foi 2002, mas a safra de 2009 tem sido apontada como à melhor em muitos anos.

Prosecco:


É um Espumante produzido na região de Vêneto, usando o Método Charmat. Apenas duas regiões têm direito à denominação de origem controlada: as vilas de Valdobbiadene e Conegliano. Vinhos de outras partes do Veneto são classificados com indicação geográfica típica. Podemos também mencionar o fato de que os Espumantes identificados como Prosecco de outros produtores fora da região delimitada, utilizam a uva Glera, que é uma casta branca, antes também chamada de uva Prosecco. 

A mudança de nome ocorreu porque os produtores da região de Valdobbiadene patentearam suas técnicas e métodos de produção, não permitindo assim que outras vinícolas fora das regiões demarcadas utilizassem o nome de Prosecco.

Cava:


È o Espumante espanhol produzidos pelo Método Tradicional, é que utiliza as uvas Parrelada, Xare-lo e Macabeo (Viura) e só pode ter a denominação de Cava se for produzido na Espanha e com estas 3 uvas. A Principal região com 95% da produção é á Catalunha próximo a Barcelona, na DO Penedés. Outras regiões são Andaluzia, Valencia e Extremadura. Cava em latim significa Cave. 

Foi criada em 1872 por Josef Raventós que com a extinção dos vinhedos de Penédes pela praga Filoxera e como resposta ao sucesso do Champagne resolveu fazer uma Champanã, pois naquela época era uma alternativa para os devastados vinhedos. Os Espanhóis tentaram colocar o nome do espumante de Champanã e Xampany mas não foram permitidos pela União Européia que tem registrado o nome Champagne para os vinhos espumantes da região demarcada de Champagne na França.


Espumantes:


Todos listados anteriormente (Champagne, Prosecco e Cava) são Espumantes, tem esses nomes por serem produzidos em região demarcada. Os Espumantes são produzidos em outras regiões tanto na França, como em outros países como Itália, Brasil, Alemanha, EUA, África do Sul, Austrália, Argentina e Espanha. Os Espumantes são elaborados tanto pelo Método Tradicional como pelo Método Charmat, As uvas utilizadas na produção do Espumante podem variar de um país para outro.

Passando a limpo!


O Método Champenoise, também chamado de “Método Clássico” ou “Método Tradicional”. Este processo teria sido inventado pelo monge Beneditino Don Perignon no século XVII e consiste em obter o gás carbônico numa segunda fermentação, ocorrida dentro da própria garrafa. É uma produção artesanal em várias etapas e, conseqüentemente, caro. 

Primeiro, é feita um Assemblage (corte) de diversos vinhos tranquilos que serão á base do espumante. A segunda fase é a formação da espuma, quando o vinho base é colocado na garrafa e acrescido do licor de tiragem – leveduras e açúcar que provocarão a segunda fermentação, que dura cerca de três meses. Depois se dá o envelhecimento. Neste período, o líquido permanece sob as borras das leveduras, o que lhe dá cremosidade. O envelhecimento pode durar de meses a alguns anos. 

No Método Charmat, nome que homenageia o engenheiro francês criador do processo (Eugène Charmat), a segunda fermentação, que dá espuma ao vinho, ocorre em grandes recipientes de até 10 mil litros, chamados de autoclaves, fechadas. Desta forma, evita-se a remouage e o dégorgement processos que demandam mais tempo e encarecem o produto. O vinho é filtrado ao sair dos tanques para as garrafas. É uma simplificação do Método Tradicional, mas usado com sabedoria, gera espumantes muito bons.

Por:
José Filho Anjos
Gerente Comercial da Enoteca Decanter

Sobre  o Autor José Filho Anjos:



Sommelier e Consultor de Vinhos. Possui a certificação WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados. É o Gerente comercial da Enoteca Decanter em Brasília.