sexta-feira, 1 de julho de 2016

Pessoal!!!
Estou adorando o curso da ISG nível 2! Muito melhor que o nível 1, mais aprofundado, melhores vinhos, tema, aulas e apostila. Fiz esse resumo para ajudar a galera que vai fazer a prova. Confira:

International Sommelier Guild - Nível 2 - Resumo Bourgogne:


BOURGOGNE:

HISTÓRIA: 
Importância dos monges no estudo das técnicas e solos. Através das doações para a igreja, os mosteiros adquiriram vários locais de vinhedos. Os melhores, eles muravam “Clos” (exemplo: Clos Vougeot, com diferenças de inclinação (alto/papas, médio/reis, baixo/monges).
Revolução Francesa, terras das igrejas vendidas e leiloadas. Napoleão redefiniu a Herança (divisão entre todos os irmãos). Isso fragmentou a Bourgogne em vários vinhedos com vários proprietários (alguns com uma fileira de videiras). Início dos negociantes de vinhos.
Era filoxera e guerras mundiais. Ideia de fazer e engarrafar seu próprio vinho – início dos Domaine.
Anos depois os negociantes se aprofundaram no negócio.

CARACTERÍSTICAS:
Clima: macro clima continental (quatro estações distintas com verões quentes e curtos; invernos moderadamente longos e frios). Perigo de geadas na primavera e outono (só uva que amadurece precoce).
Solos: calcário da Bourgogne. 
Chablis: Bacia de Paris, kimmeridgean e Portlandian. Mistura de argila calcária e marga calcária (argilito calcário), normalmente profundo e pedregoso;
Cotê d’ Or: Calcário. Pedra calcária, sílex, várias pedras maiores e seixos, areia e argila;
Côte de Chalonnaise: Calcário com certo teor de argila;
Mâconnaise: solos férteis de argila-aluvião, os melhores são de calcário (Pouilly-Fuissé);
Beaujolais: Granito, areia e pouco barro. Solo não fértil (norte). Ao sul solo fértil (vinho a granel), argila-aluvião.

Legislação: AOC/ AOP até nível vinhedo. Grand Cru (melhor cru – terra / só em Chablis 7 e Côte d’Or 32) e Premier Cru (684).
OBS: Local / posição invejável. Vinhos com preços altos. Alguns vinhos raros. O que importa é onde as uvas são cultivadas. No rótulo: Aldeia com apenas um nome, não contêm Grand Cru.
Importante: terra de vinhos varietais.

MAPA:

REGIÕES:
Chablis
Dedicado a Chardonnay. Clima dificulta, por isso sua produção é precoce e difícil. Melhores vinhedos na encosta sul no solo de Kirmmeridgian. Estilo rico em mineralidade, acidez, sabores de limão e maça. AOC: Petit Chablis, Chablis, Chablis Primier Cru (40), Chablis Grand Cru (7), melhores podem envelhecer 40 anos (ficam na única grande colina calcária).

Côte d’ Or:
A região mais premiada (mais de 500 Premier Cru e 32 Grand Cru), são 25 vilarejos.
Côtes de Nuits (norte de Côte d’Or):  Melhores pinot noir da Bourgogne.
Gevrey-Chambertin: Vários vinhedos Grand Cru em volta da estrela Chambertin. Vinhos tipicamente bem estruturados e ricos. Para guarda. Quando jovens são desafiadores.
Morey-St-Denis: Aldeia vizinha, com vinhos pouco mais suaves. Os Grand Cru: Clos St-Denis e Tart Grand Cru.
Chamnolle-Musigny: um dos mais delicados da Bourgogne, perfumados, florais, elegantes e sutis. Aldeia Le Musigny Grand Cru, entre outros...
Vougeot: Grand Cru Clos de Vougeot, é um vinhedo murado (monges), hoje, fragmentado e com vários proprietários. A qualidade pode ser desconsertadamente variável.
Vosne-Romanée: Possui a maior reputação. Excelentes vinhos em pequenas quantidades (reverenciados por colecionadores). Alto preço. Mai famoso: La Romanée-Conti Grand Cru.Vinhos com gosto complexos, aveluados, texturiados com aromas complexos de terra, cereja preta e trufas.
Nuits-Saint-Georges: É um centro comercial na Côte e possui uma área grande de vinhedos, muitos Premier Cru (40). Alguns vinhos delicados e outros firmes e terrosos.
Côte de Beaune:
Começa depois da cidade de Nuits-Saint-Georges e é atravessada pela colina conhecida como Corton Grand Cru (Aloxe-Corton, Ladoix-Serringny e Pernand-Verelesses). A cidade de Beaune é um centro comercial e cultural de importância. Não possui Grand Cru. Maioria pinot noir e pouco chardonnay.
Pommard: Tinto pinot mais rústico.
Volnay: Tinto pinot delicado, mais leve e perfumado (são comunas vizinhas).
Meursault: Produtora de branco (chardonnay) mais reconhecida da Côte d’Or. Pouco tinto produzido. Chardonnay tipicamente rico e com bastante aromas de nozes, é picante, fermentado e tem notas amanteigadas. A fermentação ocorre em barrica, bâtonnage, fml e amadurecimento em carvalho. Premier Cru Genevrières.
Puligny-Montrachet e Chassagne-Montrachet são o coração da alta qualidade de vinho branco da Bourgogne. Representam o melhor vinhedo de Chardonnay. Gran Cru de referênci é o Montrachet. Chassagne-Montrachet é maior e mais diversificada em estilos e produz um pouco mais de pinot que a vizinha. Os vinhedos são em solos calcários pedregosos.
Côte Chalonnaise:
É um conjunto de colinas com solo calcário. Altitude mais alta que Cotê d’Or. Colheita mais tardia, uvas com carácter mais picante e mais ácida.
Mercurey: Grande quantidade de tinto pinot noir e pequena de branco chardonnay. Vinhos de corpo leve a médio e possuem bom valor.
Bouzeron: Dedicada a Aligoté, com vinhos brancos, refrescantes, picantes e de sabores cítricos. Misturada com licor de cassis faz o Kir.
Rully e Givry: Rully é dominada pela chardonnay com uma pequena parcela de pinot. Givry é domidada pela pinot com pouco chardonnay.
Montagny: dedicação total a chadonnay. Bom valor. Cooperativa Buxy.
Mâconnaise:
Produz tintos, brancos e rosés. Uvas pinot, chardonnay e gamay.Possui muitas cooperativas agrícolas. Solos férteis e colheita mecanizada.
Pouilly-Fuissé: Vinhos chardonnay de qualidade. Solo calcário – rocha de solutré. Alguns vinhos são modelados sobre os brancos envelhecidos em carvalho da Côte de Beaune como o Meursault, enquanto outros evitam o carvalho por completo, visando sabores de frutas frescas.
Beaujolais:
Característica leve, fresca e frutada. Novos produtores estão começando a fazer um estilo mais concentrado. Possui uma área grande (metade de toda a Bourgogne). 98% é uva gamay. Possui muitas cooperativas e negociantes. Solos de granito.
Beaujolais: lembrando do Beaujolais nouvea, um vinho simples, frutado, brilhantemente colorido. Método maceração-carbônica (objetivando fazer vinhos macies, fáceis de beber, com baixos níveis de tanino. Consumo precoce.
Beaujolais Villages: vinhos frescos e frutados, mas possuem uma concentração maior.
Apelações Comunais: Dez municípios de Cru com vinhos bem concentrados. Exemplo: Morgon.

UVAS E ESTILOS:
Vinho principal de pinot possui corpo médio, moderado em acidez e tanino, cor rubi. Na juventude tem sabores de framboesa, morango, cereja que evoluem para aromas de cogumelos, vegetação rasteira e notas minerais.

Tintas:
1. Pinot Noir;
2. Gamay (maceração carbônica – Beaujolais).

Brancas:
1. Chardonnay;
2. Aligoté (não tão respeitada mundialmente, alta acidez e sabores neutros. Drink Kir – com licor de groselha);