quinta-feira, 13 de abril de 2017

Pessoal!!!
Participei de um excelente jantar harmonizado com os vinhos da Capezzana de Toscana, comuna Carmignano (20km de Firenze, Itália) organização pela importadora Mistral. O jantar ocorreu no premiado restaurante Trattoria da Rosario (Brasília - QI 17 do Lago Sul). Confira:

Desde já, quero agradecer imensamente o convite feito pela Mistral, foi um prazer jantar com os senhores e desfrutar dos vinhos maravilhosos da vinícola Cappezzana.

Jantar com o Enólogo da Tenuta di Cappezzana da Mistral

Os vinhos TOPs da Vinícola

Sobre a vinícola:

Tenuta di Cappezzana é o mais importante e respeitado produtor de Carmignano, produzindo vinhos há nada menos do que 12 séculos. Para o Gambero Rosso, a região de Carmignano “tem sua identidade e território conservados, graças, em grande parte, ao mérito da família Contini Bonaccossi, que com o alto nível dos vinhos produzidos, conseguiu manter elevada a credibilidade de Carmignano nos mercados nacional e internacional”.

As videiras da região de Carmignano foram cultivadas a cerca de 3 mil anos atrás, com evidências encontradas em tumbas etruscas. Em alguns documentos em Florença, as videiras de Carmignano foram datadas em um pergaminho que data de 804 a.C., demonstrando a importância da área vinícola onde localiza-se Tennuta di Cappezzana.

No início do período renascentista, Monna Nera Bonaccorsi construiu a primeira “casa da Signori” e mais 9 casas de fazendas que serviam como edifícios de vinificação, em 1475. As outras gerações da família deram continuidade ao projeto e hoje Tenuta di Cappezzana tornou-se a mais importante vinícola da região de Carmignano.

Sobre os vinhos:

O Barco Reale di Carmignano é uma versão um pouco mais leve do reputado Carmignano de Capezzana. Robert Parker classificou o Barco Reale como um vinho de "fantástica relação qualidade/preço", atribuindo ao tinto 89 pontos na última safra avaliada. Maturado em tanques de aço para valorizar as notas de fruta, é um vinho de ótimo apelo gastronômico. Valor: 135reais. Sensacional pelo vinho! Indico muito!


Um corte de Sangiovese (70%), Cabernet Sauvignon (20%) e Canaiolo (10%). Um vinho de uma região árida e que o solo é xisto. Cor rubi. Aromas de frutas vermelhas e muitas notas minerais, xisto. Em boca é frutado e com boa complexidade, estrutura e presença de taninos. Gostei muito. Ótimo vinho


O sedoso Carmignano Villa di Capezzana é o vinho tinto mais emblemático da casa, elaborado com a tradicional combinação das uvas Sangiovese (80%) e Cabernet Sauvignon. Frequentemente recebe as “super 3 estrelas” do guia Veronelli, tendo recebido 90 pontos de Parker na safra de 2005.

Já o Trefiano é uma verdadeira referência, esbanjando finesse, com um sofisticado toque sedoso no palato. A revista Wine Spectator já descreveu o vinho tinto como “extraordinário”, concedendo-lhe 92 pontos. 

Um dos tops da vinícola, o Ghiaie della Furba IGT 2010: Um corte das uvas Cabernet Sauvignon 60%, Merlot 30% e Syrah 10%. Ghiaie della Furba é um dos primeiros supertoscanos da história, elaborado por Tenuta di Capezzana desde 1979. Apontado como simplesmente esplêndido e melhor que 99% dos vinhos para a Wine Enthusiast, foi descrito como opulento e sedoso pela Wine Spectator, que concedeu 93 pontos para a safra 2003. Um surpreendente corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah.


O monumental Capezzana 804 IGT 2004: Renomado vinho-ícone, o Capezzana 804 tem uma minúscula produção de apenas 300 caixas por ano. Ele é elaborado com uvas de um vinhedo muito especial da casta Syrah, e foi criado para celebrar os 12 séculos de existência da vinícola, já nascendo como um dos mais disputados vinhos da Toscana. Rico e exuberante, mas com grande classe e elegância, é capaz de evoluir em garrafa por muitos anos.


Gostei muito o Capezzana 804 IGT 2004 Syrah. Um vinho sensacional para uma ocasião muito especial. Recomendo guardar por mais alguns anos antes de abrir. Característico da uva Syrah dos grandes vinhos longevos, fruta, especiarias, nota de couro, café e uma complexidade incrível. Em boca ainda "novo", potente e com muita complexidade, corpo e taninos. Nota: Excelente vinho. Valor: 900reais.



Os vinhos brancos são também excelentes. O Vin Santo, levemente oxidativo, é um dos melhores que existem, “uma beleza, com toneladas de estilo” segundo Robert Parker.

Sobre o restaurante Trattoria da Rosario:

Há 12 anos fazendo parte da história gastronômica de Brasília

Menos sofisticada que restaurante e mais elaborada que cantina é a cozinha de uma Trattoria Italiana. Geralmente um espaço nem grande nem pequeno com mesas cobertas de toalha xadrez com uma vela no centro. Assim nasceu a Trattoria da Rosario, em abril de 2003, numa pequena loja do Fashion Park, na QI 17 do lago sul.

No fogão, receitas que combinam sabor e simplicidade se tornaram a marca da casa. O sucesso veio imediatamente e em pouco tempo, o ambiente duplicou e ganhou ares refinados até que vagou a loja vizinha e ai, sim, uma reforma profunda permitiu a expansão da Trattoria com cara de restaurante.

Vinho da uva Trebbiano. Cor amarelo palha. Aromas de pêssego, notas florais e um toque de mel. Em boca é frutado e com boa acidez. Um vinho muito diferente. Adorei. Para harmonizar, Insalatta mare: saladas de folhas verdes mistas, com lagostins ao molho de ervas e lula. 

Em 2013 quando completou 10 anos, a Trattoria Da Rosario, muitas vezes premiada (10 anos na Veja, 3 anos na Gula, 3 anos Guia Quatro Rodas) lançou um cardápio especial formado pelos pratos mais pedidos em toda a sua trajetória.

Em outubro de 1993, Rosario Tessier aportou no Rio de Janeiro, a convite do conterrâneo Maurizio Ruggiero, que junto com o sócio comprou de Danio Braga, O Enotrio, em Copacabana e o transformou no Vin Santo, com cardápio rico em massas, peixes e carnes. Quando apresentou um festival de comida mediterrânea no hotel Sheraton, Rosario foi ‘Descoberto’ pelos executivos do grupo Gaf, que compraram seu passe para ele vir a Brasília. O segundo endereço de Rosario foi a 412 sul, para onde o empresário Jorge Ferreira o levou para pilotar as caçarolas de uma charmosa cantina chamada La Bocca De La Veritá. Foi lá que a equipe precursora da visita do Papa João Paulo II ao Brasil ia comer quando chegou em Brasília. O dentista do pontífice ficou admirado de encontrar no planalto ingredientes italianos preparados por quem falava o seu idioma.

Faisão recheado assado com vinho de colheita tardia e Pancetta acompanhado de polenta trufado.

Seguiu-se o Partenopea, casa administrada pelo grupo Dom Francisco, na 402 sul. De lá Rosario foi para Trastevere, depois I Maestri, depois em um restaurante em Curitiba de onde saiu em 2003 para comandar seu próprio negócio, o primeiro na área de alimentação aberto no edifício Fashion Park, da QI -17 do lago sul.

Para fechar, a foto com o Chef Rosário Tessier, o Enólogo Leone Contini Bonacossi e equipe Mistral (João Batista e André):