domingo, 18 de fevereiro de 2018

Queridos amigos! Quem de vocês gosta de Champagne?
Nesse post, falo um pouquinho sobre como o champagne é feito, bem como passo dicas de bons rótulos para vocês aproveitarem mais ainda essa bebida maravilhosa. Confira os rótulos que provei na última viagem à Europa e se estiver passando por lá, aproveite também para experimentar alguns desses.

"O Champagne é o vinho de festas e comemorações por excelência. Nascido na França, conquistou o mundo inteiro e criou uma arte de viver que lhe é exclusiva. Tudo participa de sua magia, a começar por suas origens misteriosas até sua elaboração, essa arte de corte é zelosamente guardada por cada grande maison. É o vinho mais conhecido do mundo, e é também o mais copiado, mas só produzido na região vinícola de Champagne e em nenhuma outra parte". Por: Larousse do Vinho.

OBSERVAÇÃO: Fique de olho nos posts do nosso instagram: @enofiliablog.

Champagne pela Europa, vamos lá!


Antes de provar, você tem que saber como é feito o champagne. Por isso, estou te passando um resumo bem facinho, ok? Vamos conferir os principais passos para se fazer um Champagne: 
🥂

RESUMO do Método Tradicional (Champenoise):

1️⃣ - Primeiramente, elabora-se o vinho base (assemblagem da casa feito de diferentes vinhos de anos e vinhedos diferentes - as uvas utilizadas são: Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay);

2️⃣ - Agora, vamos fazer a segunda fermentação na garrafa. Coloca-se o que chamamos de licor de tiragem que é a mistura de levedura e açúcar. As leveduras consomem o açúcar e produzem o gás carbônico que se dissolve no vinho dentro da garrafa;

3️⃣ - As leveduras morrem após consumir todo o açúcar e se quebram (processo conhecido como autólise) fornecendo, assim, sabores de assinatura para o vinho (pão, brioche, manteiga...);

4️⃣ - O vinho fica em surli (contato com as borras) adquirindo cada vez mais complexidade. Na região de champagne, é obrigatório deixar no mínimo 15 meses em surli. Os produtores costumam deixar pelo menos 2 anos;

5️⃣ - Chegou a hora de retirar as leveduras/borras do vinho. Para isso, vamos utilizar o processo de Remuage: Inclinamos o vinho, giramos ele todo dia (1/3 da garrafa) até que as leveduras se concentrem no gargalo;

6️⃣ - Agora, vamos para o Dérgorgement, onde se congela o gargalo, abre-se a garrafa e expulsa as leveduras;

7️⃣ - Completamos o vinho com o licor de expedição - que determina a quantidade de açúcar no champagne. Esse último vinho adicionado é também considerado o último blend da casa;

8️⃣ - Coloca-se a rolha (em formato de cogumelo) e depois o rótulo.
PRONTO! VAMOS BEBER!
🥂

Comentários e dicas de rótulos:

Champagne Brut Tradition Rémy Wassin Elfis é um champagne feito por um pequeno produtor. Bem difícil de achar fora de Reims.


OPINIÃO DO BLOG: Cor palha amarelo claro. Aromas florais, frutas verdes e frutas de caroço. Apresenta notas de brioche, manteiga e mel. Em boca é fresco, elegante e possui acidez marcante. Sua perlagem é fina, consistente e duradoura. Nota: Ótimo champagne.


Champagne Perrier-Jouët Brut que é feito de: 40% Pinot noir, 40% Pinot meunier e 20% Chardonnay. Amadureceu por 3 anos em garrafa em contato com as leveduras (na região de champagne, o obrigatório é no mínimo 15 meses). Confira o nosso comentário.
🥂
Desde 1811, a Casa Perrier-Jouët cria vinhos com uma assinatura única: floral, elegante e lapidada. São mais de dois séculos de herança e legado estabelecidos nas adegas da casa, conforme os artesãos transmitiam zelosamente a sua preciosa sabedoria de pai para filho.


OPINIÃO DO BLOG: Cor amarelo claro. Aromas florais, frutas verdes (como pêra), apresenta muita presença de frutas de caroço (como pêssego), notas de baunilha, brioche, manteiga e no final, frutas secas. Em boca é fresco, elegante e equilibrado. Apresenta frutas, acidez marcante e um pouco de cremosidade. Sua perlagem é fina, consistente e duradoura. É um champagne para aqueles que preferem o estilo redutivo: flores, frutas, leveza, elegância e acidez marcante. Gostei muito, vale conhecer. Nota: Ótimo Champagne.


Champagne Armand de Brignac Gold Brut: Ao final da visita à vinícola, fomos degustar o Gold Brut que foi o primeiro cuvée do portfólio da Cattier. De uma riqueza que resulta da velha arte de produzir champanhe, é um trio de vintages 2009, 2010 e 2012 de alguns dos mais famosos terroirs da região. 


OPINIÃO DO BLOG: Cor amarelo com reflexos dourados. Aromas de pão, brioche, tostado, frutas de caroço, notas cítricas, mel, frutas secas e café. Possui um buquet complexo e intenso como nunca vi igual. Me surpreendi! Em boca, apresenta uma perlagem fina, consistente, duradora, que preenche muito bem a boca. É potente, encorpado, complexo, rico e possui um toque tostado que é resultado da adição do licor de expedição Armand de Brignac, envelhecido por um ano em barris de carvalho francês. Persistência altíssima. Com tantas qualidades, só posso dizer que a experiência foi PERFEITA. Nota: Um champagne inesquecível e o meu favorito.


Champagne Alain Ducasse: Quem for ao restaurante Le Jules Verne, não deixe de provar o champagne da casa. “O chef Alain Ducasse é um grande amante do champanhe e possui um rótulo particular engarrafado apenas para os seus restaurantes. O Champagne Ducasse, um vinho de corpo médio e bastante rico, é produzido por Champagne Lanson, porque eles são "muito consistentes", de acordo com Chef Ducasse. "- Wall Street Journal.


OPINIÃO DO BLOG: Cor amarelo com reflexos dourados. Aromas de pão, brioche, florais, frutas cítricas e frutas de caroço. Apresenta aportes de frutas secas e notas de mel. Em boca possui médio corpo. É refrescante e sua acidez é bem pronunciada. Possui perlagem fina, consistente e elegante. É um excelente champagne que possui desde aspectos florais e frutados que evoluem muito bem para notas de frutas secas e mel. É complexo, equilibrado, delicado e extremamente elegante e persistênte. Nota: Excelente Champagne.

🍾
Champagne Bollinger: Uma verdadeira lenda no mundo do vinho, Bollinger é um dos maiores nomes de Champagne. Sua maravilhosa cuvée não-safrada, a Special Cuvée Brut, é rica, encorpada, intensa, refinada e muito elegante, é uma das poucas vinícolas a receber as máximas cinco estrelas do crítico Robert Parker, que indica a Maison entre os melhores produtores de todo o mundo. É um corte de 60% de Pinot Noir, 25% de Chardonnay e 15% de Pinot Meunier, provenientes no mínimo 80% de vinhedos classificados como Grands Crus e Premiers Crus. Bollinger representa o máximo em Champagne. Bollinger é o Champagne preferido de James Bond, aparecendo em diversos de seus filmes.
🥂

OPINIÃO DO BLOG: Cor amarela com tons dourados. Aromas de pão, brioche, frutas secas, frutas cítricas, especiarias doces, aportes tostados e notas de oxidação. O buquê é muito complexo, pois vem de um blend de vinhos envelhecidos. Em boca é seco, alta acidez, persitência e muita complexidade. A perlagem é fina, preenche bem a boca, é duradora e elegante. Adorei! Nota: Excelente Champagne.


Champagne da Taittinger: A Taittinger possui 288 hectares de vinhedos próprios, sendo 34 importantes “crus” (vinhedos); Estão divididos em 37% Chardonnay, 48% Pinot Noir e 15% Pinot Meunier. Esse champagne é elaborado através do método Champenoise, permanecendo por no mínimo 3 anos em contato com as leveduras. 


OPINIÃO DO BLOG: Tem cor rosada. Aromas de frutas vermelhas com notas de pão e brioche. Em boca é refrescante e persistente. Nota: Champagne muito bom, esperava mais complexidade de uma marca tão famosa. Nota: Champagne muito bom.