Postado por Blog Enofilia
Pessoal!!!
Confira essa super entrevista com o renomado Enólogo da Villa Francioni - Nei Rasera - que vai falar sobre o seu famoso vinho da Madonna... e tirar várias dúvidas quanto a produção dos vinhos, como também apresentar a Villa Francioni e seu portfólio.
Primeiramente quero agradecer ao Nei pela disposição em responder as perguntas do Blog Enofilia. A ele o muito obrigado. Obrigado também a toda equipe da Villa Francioni.
Sem mais delongas...vamos ao nosso bate-papo:
Nei: Sou filho de agricultores/viticultores de Bento Gonçalves, onde o vinho sempre esteve na mesa tanto nos almoços quanto nos jantares. Além disso, sempre acompanhei as atividades de meus pais junto aos vinhedos e também na elaboração do vinho artesanal para o consumo da família no porão de casa. Por isso dá para se dizer que sempre estive ao lado do vinho.
Nei: O gosto pelo trabalho na terra sempre esteve comigo com o passar dos anos juntou-se ao gosto pelo vinho... Então nada mais natural que buscar se aperfeiçoar. Os desafios são inúmeros como em todas as profissões e no mundo do vinho não é diferente... cabe ao enólogo o desafio de elaborar vinhos visando o futuro, como o vinho irá se comportar? Qual o gosto do consumidor?
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Nei: A história da Villa Francioni está intimamente ligada à figura do Sr. Manoel Dilor de Freitas. Grande e reconhecido empresário do ramo cerâmico, proprietário da Cecrisa/Portinari, teve boa parte de sua vida envolvida com artes plásticas, fato esse revelado pelo nome da principal linha de cerâmica da empresa: o Porcelanatto Portinari.
Visitando vinícolas pelo mundo e percebendo a boa qualidade de vida dos vinhateiros, passou a visualizar um projeto vitivinícola como uma forma de aposentadoria saudável e produtiva. Assim, nasce a Villa Francioni Agro Negócios S/A, que recebe o nome em homenagem à mãe do fundador, a Sra. Agripina Francioni Freitas.
De especial... A busca constante em produzir produtos de excelência aliada a localização dos vinhedos em locais favoráveis para a plena maturação das uvas, em compasso com profissionais capacitados a integrar as características de solo, planta e tecnologia, em vinhos que expressem o máximo estas qualidades.
Nei: Hoje o vinhos mais vendido é o vinho Joaquim um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, com passagem de 10 meses por barricas de carvalho francês. De coloração rubi intenso, com reflexos violáceos. Boa intensidade aromática, lembrando frutas frescas, mescladas com notas de amoras, ameixas, algo de especiarias e o herbáceo leve harmonizam com o carvalho. De bom corpo, início de boca agradável e bons taninos que tornam o vinho carnudo, equilibrado, harmônico e com boa persistência no final de boca. Acidez agradável que dá sustentação ao estágio em barrica francesa.
Nei: O Villa Francioni Rosé ganhou este apelido quando a Madonna o provou em um jantar no restaurante Fasano. Este vinho é elaborado com 8 variedades de uvas tintas, de cor rosa salmão claro lembrando os famosos vinhos rosés da região da Provence, de aroma complexo com notas de rosas e pêssego, em boca a harmonia é a palavra chave.
Já foi eleito o melhor vinho rosé brasileiro pelo Anuário de Vinhos do Brasil. A garrafa foi escolhida para representar toda a qualidade do produto, de origem francesa.
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Nei: Todos os vinhos da linha VILLA FRANCIONI podem ser considerados premium ou ultra premium, pois não têm legislação para definir exatamente o que é o que. Mas como enólogo temos um cuidado especial desde o cultivo com as vinhas selecionando as uvas das melhores encostas para que tenhamos vinhos estruturados, complexos que evoluam de forma muito positiva durante a passagem pelo carvalho francês e que perduram durante o tempo.
Nei: Nós enólogos temos esta responsabilidade... Para isso, o primeiro passo é fazer o melhor que a uva nos permita! Usando as melhores técnicas e tecnologias disponíveis aliadas a sensibilidade ao tratar uvas e vinhos. Sabemos da amplitude do público mas da mesma forma é preciso ser fiel ao estilo de cada vinho.
Nei: Há algumas dicas básicas como buscar vinhos que estejam armazenados na posição horizontal quando vedados com cortiça natural, abrigados da luz direta. E falando de vinhos mais descomplicados... sempre preferir safras mais recentes! Já nos vinhos estruturados, safras mais antigas tendem a ser mais complexas apresentando as características de vinhos "maduros". Mas sempre vale a pena provar, experimentar coisas novas e conhecer um pouco do estilo de cada vinícola, região e uva para encontrar o seu estilo de vinho preferido.
Nei: Esta é uma resposta bastante complexa que envolve muitas perguntas e respostas. A primeira é referente ao estilo de vinho que se quer elaborar - com ou sem passagem por barrica? Se quer passagem por barricas? O vinho deve suportar esse envelhecimento... Qual estilo de carvalho se quer passar ao vinho?
Com estas resposta somadas a sensibilidade e aliado a analises do vinho, o enólogo vai tomando as suas decisões.
Nei: Bem... gosto mais de vinho bom, seja de onde ele for... Acredito que o Brasil, a Argentina, o Chile entre tantos outros países, possuam um número estrondoso de diferentes estilos e qualidades de vinho. Cabe a nós consumidores "garimpar" os que melhores vinhos que se adaptem ao nosso paladar e ao momento de abri-lo...
Confira essa super entrevista com o renomado Enólogo da Villa Francioni - Nei Rasera - que vai falar sobre o seu famoso vinho da Madonna... e tirar várias dúvidas quanto a produção dos vinhos, como também apresentar a Villa Francioni e seu portfólio.
Primeiramente quero agradecer ao Nei pela disposição em responder as perguntas do Blog Enofilia. A ele o muito obrigado. Obrigado também a toda equipe da Villa Francioni.
Sem mais delongas...vamos ao nosso bate-papo:
Entrevista Nei Rasera
1- Nei Rasera, poderia nos contar como começou a sua história com o vinho?
Nei: Sou filho de agricultores/viticultores de Bento Gonçalves, onde o vinho sempre esteve na mesa tanto nos almoços quanto nos jantares. Além disso, sempre acompanhei as atividades de meus pais junto aos vinhedos e também na elaboração do vinho artesanal para o consumo da família no porão de casa. Por isso dá para se dizer que sempre estive ao lado do vinho.
2 - O que o levou a se formar como enólogo? E quais são os principais desafios dessa profissão?
Nei: O gosto pelo trabalho na terra sempre esteve comigo com o passar dos anos juntou-se ao gosto pelo vinho... Então nada mais natural que buscar se aperfeiçoar. Os desafios são inúmeros como em todas as profissões e no mundo do vinho não é diferente... cabe ao enólogo o desafio de elaborar vinhos visando o futuro, como o vinho irá se comportar? Qual o gosto do consumidor?
3 - Nei, nos fale um pouco sobre a vinícola em que você trabalha, a Villa Francioni. O que ela tem de especial se comparada as vinícolas brasileiras?
Nei: A história da Villa Francioni está intimamente ligada à figura do Sr. Manoel Dilor de Freitas. Grande e reconhecido empresário do ramo cerâmico, proprietário da Cecrisa/Portinari, teve boa parte de sua vida envolvida com artes plásticas, fato esse revelado pelo nome da principal linha de cerâmica da empresa: o Porcelanatto Portinari.
Visitando vinícolas pelo mundo e percebendo a boa qualidade de vida dos vinhateiros, passou a visualizar um projeto vitivinícola como uma forma de aposentadoria saudável e produtiva. Assim, nasce a Villa Francioni Agro Negócios S/A, que recebe o nome em homenagem à mãe do fundador, a Sra. Agripina Francioni Freitas.
De especial... A busca constante em produzir produtos de excelência aliada a localização dos vinhedos em locais favoráveis para a plena maturação das uvas, em compasso com profissionais capacitados a integrar as características de solo, planta e tecnologia, em vinhos que expressem o máximo estas qualidades.
4 - Sobre o portfólio de vinhos da Villa Francioni, quais são os vinhos maisvendidos? E quais características eles possuem?
Nei: Hoje o vinhos mais vendido é o vinho Joaquim um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, com passagem de 10 meses por barricas de carvalho francês. De coloração rubi intenso, com reflexos violáceos. Boa intensidade aromática, lembrando frutas frescas, mescladas com notas de amoras, ameixas, algo de especiarias e o herbáceo leve harmonizam com o carvalho. De bom corpo, início de boca agradável e bons taninos que tornam o vinho carnudo, equilibrado, harmônico e com boa persistência no final de boca. Acidez agradável que dá sustentação ao estágio em barrica francesa.
5 - Nei, nos fale um pouco sobre o famoso vinho da Madonna, como ele ficou conhecido assim? Quais os prêmios ganhou? E por que a garrafa possui esse design?
Nei: O Villa Francioni Rosé ganhou este apelido quando a Madonna o provou em um jantar no restaurante Fasano. Este vinho é elaborado com 8 variedades de uvas tintas, de cor rosa salmão claro lembrando os famosos vinhos rosés da região da Provence, de aroma complexo com notas de rosas e pêssego, em boca a harmonia é a palavra chave.
Já foi eleito o melhor vinho rosé brasileiro pelo Anuário de Vinhos do Brasil. A garrafa foi escolhida para representar toda a qualidade do produto, de origem francesa.
6 - Na linha premium, quais vinhos a Villa Francioni produz? E quais são osprincipais cuidados que você como enólogo toma ao fazer esses vinhos?
Nei: Todos os vinhos da linha VILLA FRANCIONI podem ser considerados premium ou ultra premium, pois não têm legislação para definir exatamente o que é o que. Mas como enólogo temos um cuidado especial desde o cultivo com as vinhas selecionando as uvas das melhores encostas para que tenhamos vinhos estruturados, complexos que evoluam de forma muito positiva durante a passagem pelo carvalho francês e que perduram durante o tempo.
7 - Nei, você como enólogo tem a responsabilidade de fazer vinhos para agradar um grande público. Como é lidar com os diferentes gostos, paladares e críticas?
Nei: Nós enólogos temos esta responsabilidade... Para isso, o primeiro passo é fazer o melhor que a uva nos permita! Usando as melhores técnicas e tecnologias disponíveis aliadas a sensibilidade ao tratar uvas e vinhos. Sabemos da amplitude do público mas da mesma forma é preciso ser fiel ao estilo de cada vinho.
8 - Gostaria de saber quais dicas você poderia nos dar para não "errar" na escolha de um determinado vinho? O que devemos observar?
Nei: Há algumas dicas básicas como buscar vinhos que estejam armazenados na posição horizontal quando vedados com cortiça natural, abrigados da luz direta. E falando de vinhos mais descomplicados... sempre preferir safras mais recentes! Já nos vinhos estruturados, safras mais antigas tendem a ser mais complexas apresentando as características de vinhos "maduros". Mas sempre vale a pena provar, experimentar coisas novas e conhecer um pouco do estilo de cada vinícola, região e uva para encontrar o seu estilo de vinho preferido.
9 - Uma pergunta que sempre me deixou curioso é sobre o momento em que o Enólogo toma a decisão de escolher ou não passar um vinho por barrica de carvalho. Seja francesa, seja americana. Seis messes ou um ano. Primeiro ou segundo uso e etc... Como é que você toma essa decisão? Qual a diferença da combinação desse vinho com o tempo e o tipo de barrica?
Nei: Esta é uma resposta bastante complexa que envolve muitas perguntas e respostas. A primeira é referente ao estilo de vinho que se quer elaborar - com ou sem passagem por barrica? Se quer passagem por barricas? O vinho deve suportar esse envelhecimento... Qual estilo de carvalho se quer passar ao vinho?
Com estas resposta somadas a sensibilidade e aliado a analises do vinho, o enólogo vai tomando as suas decisões.
10 - Para terminarmos essa entrevista... Nei, você particularmente gosta mais de vinho chileno ou argentino? Por que? E quais são suas principais características e diferenças?
Nei: Bem... gosto mais de vinho bom, seja de onde ele for... Acredito que o Brasil, a Argentina, o Chile entre tantos outros países, possuam um número estrondoso de diferentes estilos e qualidades de vinho. Cabe a nós consumidores "garimpar" os que melhores vinhos que se adaptem ao nosso paladar e ao momento de abri-lo...
